jueves, abril 06, 2006

Noite


Não sei se estou gostando desta história de me revelar assim. Esta é a primeira vez que alguém lê algo que escrevo, e são 14 de uma só vez. Não sei se o que escrevo é para ser lido. São só coisas que vomito em momentos de impulso, quando deito na cama à noite e o pensamento não me deixa dormir. É uma espécie de exorcismo. Eu, tentando pegar no sono, e minha mente segue perturbando, sem me dar um segundo de paz, e as imagens viram palavras, e as palabras vão formando frases até que já não sou mais eu a dona do que passa aquí dentro. Então, exausta, vencida, me levanto como um zumbi e vou à sala. Se o computador está desligado, pego com pressa meu caderno de capa bege, um lápis qualquer e começo a derramar toda a merda que tenho dentro. E nem vejo o que estou escrevendo, e nem quero ver. Cuspo um pouco do veneno para que ele não ultrapasse a dose desejada. Aí vem o alívio, quase que imediato. E eu olho para aquele papel cheio de letras e nem sei sobre o que falam, nem sei se realmente dizem algo. Mas só então consigo voltar para a cama e o sono vem. No dia seguinte, publico aquí.

Lutar é inútil, não te posso resistir
Até que me acalentas y me beija sonolenta
E tudo se desfaz em sonho
Para só no outro dia seguir

4 Comments:

Blogger Pablo said...

Escribir estas cosas es un poco como desnudar tu alma ante los demás. Como un diario que dejas abierto para que todo el que pase lo lea.

Curioso. Edificante. Aterrador.

7:11 p. m.  
Blogger Nun says said...

Pablote, yo no sabría escribir sobre otra cosa. Y nunca había pensado hacerlo público. La situación masterópoda me obligó a hacerlo, y ahora ya no hay remedio.

11:32 a. m.  
Blogger Pablo said...

Ja, ja, ja. La vida es así de cruel, un día estás tan agustito con tus pensamientos, y al siguiente te obligan a ponerlos en Internet para que los lea todo el mundo.

12:31 a. m.  
Blogger Nun says said...

Sí, así de cruel. Y yo sigo.

6:09 p. m.  

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